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A linha do tempo da Escola Estadual Frederico Guilherme Schmidt, idealizada em 1961 e fundada cinco anos depois em São Leopoldo, tem um ponto em comum. Assim como no passado, o apoio empresarial volta a ser fundamental para a instituição de ensino continuar a formação de profissionais qualificados frente às novas tecnologias.
Realidade que será possível com o programa Escola Melhor, Sociedade Melhor, desenvolvido pelo governo do Estado e apresentado nesta quarta-feira (29), no auditório da ACIST. A entidade, junto com o Sebrae e o Sindimetal, abraçou a proposta, que prevê parcerias com empresários para modernizar os laboratórios da Eletrotécnica com equipamentos e ferramentas que atendam ao processo de ensino-aprendizagem frente às mudanças do mundo do trabalho, assim como recuperar a infraestrutura do local.
Ao lembrar a importância da formação de mão de obra qualificada para o polo metalmecânico da cidade, o presidente da ACIST, Felipe Feldmann, divulgou dados preocupantes. “Estamos com redução de formação de técnicos a cada ano. Não estamos falando em evasão, mas em transferências para escolas não técnicas. Em 2022, o percentual ficou entre 30% e 40%, segundo nos informou a direção da escola”, comentou. Ele acrescentou que “enquanto há perdas em torno de 9 a 10 alunos por turno, cerca de 1.000 postos de trabalho ficaram em aberto no ano passado por falta de pessoas tecnicamente preparadas”. Ao citar que o pontapé foi dado e que o projeto precisa ser duradouro, Feldmann reforçou que a parceria pode envolver não apenas a indústria, mas também o comércio e serviços.
Depois de fazer um breve histórico da criação da escola técnica e das dificuldades enfrentadas desde que assumiu a direção em dezembro de 2015, Larry Steyer afirmou que o relacionamento com o Sindimetal e suas respectivas indústrias vem desde 2017, parcerias informais que ajudaram em melhorias na escola e também na participação de alunos em feiras nacionais e internacionais. “Graças à contribuição de empresas e entidades, estamos conseguindo levar o nome da escola e da educação pública estadual para fora do país, a exemplo do Peru.” Segundo ele, a ideia é manter e ampliar as parcerias, que, a partir de agora, serão formalizadas, conforme obrigatoriedade do programa estadual – nesta segunda fase ficou mais eficiente e simplificou a adesão das empresas.
Contrapartidas das empresas - Para tornar o programa mais atrativo, a Escola Estadual Frederico Guilherme Schmidt optou por dar uma contrapartida aos apoiadores: os muros ao entorno da instituição de ensino poderão ser utilizados para divulgação de publicidade, assim como também os espaços nas redes sociais e site da escola.
Essa via de mão dupla – apoio e contrapartida – é exclusiva de São Leopoldo, uma vez que em outras cidades a divulgação fica restrita aos canais oficiais do governo do Estado. A parceria não é de transferência de recursos. Caberá à empresa assumir determinada obra ou repassar o equipamento. Steyer apresentou diversas demandas da escola tanto nas dependências quanto nas áreas pedagógicas
A instituição precisa de reformas nas instalações, como colocação de reboco e pintura nas paredes do refeitório e melhorias nas calçadas internas por onde circulam os alunos. As empresas presentes no evento, por sua vez, lembraram que há questões que são responsabilidades do Governo do Estado e que precisam ser cobradas junto aos órgãos competentes antes que a iniciativa privada seja acionada.
Além da modernização dos Laboratórios da Eletrotécnica, há necessidades como conversão do sistema atual para 24 volts; aquisição de equipamentos, como soft-starter, inversor de frequência, CLP (Controlador Lógico Programável), relé de estado sólido, contatoras, motores elétricos monofásicos e trifásicos e outros; softwares e simuladores atuais; bancadas didáticas de máquinas elétricas, eletrônica, acionamentos elétricos e medidas elétricas; multímetros; botões de pulso (botoeiras); fontes e sensores.
“Estamos preocupados com a formação dos alunos para um mundo atual, em ter mais eficiência na área da educação. A tecnologia é exponencial, cresce dia por dia, tamanha é a velocidade. Ao mesmo tempo, precisamos melhorar a segurança da escola, com a conversão do sistema atual para não termos nenhum risco”, afirma o diretor.
Encaminhamentos – Após a apresentação das necessidades, os representantes das entidades definiram que será criado um grupo de trabalho para desenvolver o projeto com base em três pilares: obras estruturais; equipamentos (modernização); e inovação e tecnologia.
Caso de sucesso - Já a coordenadora adjunta da Coordenadoria Regional de Educação, Melissa Goulart, apresentou o case de uma escola em funcionamento há mais de 80 anos na localidade de Vendinha, em Montenegro, que está com o projeto estadual em andamento. A escola era somente de ensino fundamental. Os alunos faziam até o 9º ano e depois evadiam porque não havia Ensino Médio, pois o mais próximo ficava à cerca de 40 quilômetros. Com o programa Escola Melhor, Sociedade Melhor realizamos 27 parcerias com empresas do entorno, que construíram cozinha, refeitório, biblioteca, ginásio, sala de Química e o segundo pavimento. “Vamos conseguir fazer o Ensino Médio lá a partir de 2024.”
Também participaram do evento desta quarta-feira Luiz Antônio Castro dos Santos, presidente do Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Rio Grande do Sul; Daniela da Silveira Bittencourt, representando o Sebrae; Luiza Ferrari, representando o Sindimetal; e dirigentes e associados da ACIST-SL.
Fonte: Imprensa ACIST-SL | SENHA Comunicação Integrada
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