Super Feirão Zero Dívida resulta em mais de R$ 9 milhões encaminhados para negociação em todo o RS

23/11/2020

 


A CDL Porto Alegre divulga o balanço final do Super Feirão Zero Dívida, com os resultados dos 9 dias de operação, realizada em mais de 100 cidades no Estado, entre os dias 09 e 17 de novembro. A ação contou com o apoio de mais de 70 entidades parceiras em todas as regiões do RS e cerca de 2,7 mil empresas participantes. Durante a ação, o atendente virtual criado nesta edição da Campanha, “Renê”, realizou uma média de 1,5 mil atendimentos por dia pelo site.


 
Se comparado a 2019, o número de dívidas registradas por CPF, em 2020, cresceu 65%, no entanto, o registro geral de negativações no banco de dados SCPC reduziu 44% no RS. A oscilação reflete os movimentos do mercado, já que os índices de inadimplência apresentaram declínio nos últimos meses, segundo análise do economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank (em destaque ao final do texto). Dentre os dados que chamam atenção na edição deste ano estão os 14 mil atendimentos realizados, os 16 mil registros de negativações aferidos e a média de 3,53 registros de dívidas contabilizadas por consumidor negativado.


 
Ao todo, foram encaminhados para negociação mais de R$ 9 milhões em dívidas (as negociações são feitas diretamente com as empresas credoras), estima-se que o valor médio de cada dívida dos consumidores seja de R$ 600.  Para se ter uma ideia, de todas os registros negativos contidos no banco de dados do SCPC, no RS, mais de 60% delas tiveram a oportunidade ser resolvidas no Super Feirão Zero Dívida. No ranking das cidades com maior número de atendimentos estão Porto Alegre (1º), Pelotas (2º), Canoas (3º), São Leopoldo (4º) e Santa Maria (5º).


 
Para o presidente da CDL POA, Irio Piva, a ação propõe, pelo terceiro ano consecutivo, facilitar acordos entre credores e devedores, em ações nas quais todos são beneficiados: “inadimplentes têm novamente poder de compra, e empresas podem atualizar dados de seus clientes e ter uma melhora significativa no crédito”. A data do evento propiciou também ao consumidor aproveitar a primeira parcela do 13º salário para colocar em dia suas dívidas.   


 
Segundo a assessoria econômica da CDL POA, a partir de janeiro de 2021, incertezas deverão pairar sobre a economia, pois o governo poderá não renovar os programas de auxílios à população e de preservação das empresas e empregos, levando a economia a uma nova realidade. “A partir de descontos vantajosos, a quitação de dívidas é extremamente relevante para ambos os lados. O consumidor pôde reduzir seu fardo financeiro, tornar a dívida mais barata e voltar a tomar crédito. Do lado da empresa, houve a oportunidade de fortalecer a receita em um período de crise e melhorar o relacionamento com o cliente”, aponta o economista-chefe da Entidade, Oscar Frank.   


 
Estrutura do evento


 
O Super Feirão Zero Dívida reuniu as principais empresas do comércio, bancos, instituições de ensino e financeiras em uma mobilização que oportunizou aos consumidores quitarem suas dívidas e começarem um ano novo com as contas em dia. Toda a operação foi realizada pelo site do evento, lá o consumidor pode consultar seus débitos junto às lojas participantes do evento e realizar renegociações com a ajuda do assistente virtual “Renê”, pelo chat. O atendimento no Super Feirão Zero Dívida também possibilitou condições especiais para negociação de dívidas diretamente com credores e vantagens para quitá-las.


 
Inadimplência no Brasil


 
De acordo com as instituições participantes do Relatório FOCUS, do Banco Central, o PIB do Brasil encolherá -5,03% em 2020 – maior retração para um único ano em toda a série histórica, iniciada em 1901. Apesar do tombo projetado para a atividade econômica, os índices de restrição ao crédito apresentaram declínio nos últimos meses. A situação, portanto, é instigante: como pode a inadimplência ter caído em plena crise?
 
Quatro elementos ajudam a explicar esse fenômeno no tocante aos consumidores:
 
1) Coronavoucher: estudos mostram que o auxílio emergencial mais do que compensou o impacto da recessão sobre a massa de salários.
 
2) Comportamento previdente das famílias: em cenários caracterizados pela incerteza, os agentes costumam guardar recursos de forma precaucional. Os dados de captação da caderneta de poupança comprovam a tese, pois os depósitos têm superado as retiradas como nunca antes visto desde março. Dito de outra maneira, quanto mais difícil for antever o futuro, menor é o estímulo para o gasto com bens e serviços hoje. Logo, essa “sobra” acaba, em determinadas circunstâncias, direcionada para a quitação de dívidas.
 
3) Redução da Taxa SELIC: com a queda dos juros básicos, os devedores conseguem renegociar seus débitos a um custo inferior.
 
4) No pior momento da pandemia, os bancos permitiram o adiamento dos pagamentos por 60 dias.
 
Também é importante mencionar o fato de que muitas empresas aumentaram os investimentos em estruturas de cobrança e no desenvolvimento de produtos para reaver os valores em atraso. Algumas organizações, inclusive, flexibilizaram suas políticas de crédito, com o intuito de fortalecer o relacionamento junto aos seus respectivos clientes.

 

Fonte: Imprensa CDL POA

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