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Fechado desde maio por conta das cheias que atingiram parte do acervo, o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo foi reinaugurado neste dia 25 de julho de 2024, data que marca os 200 Anos da Imigração Alemã no Brasil. São Leopoldo é o berço da colonização no país, onde chegaram os primeiros 39 imigrantes em 1824.
Foi uma celebração solidária, repleta de história e simbolismo, que contou com as presenças do cônsul-geral da Alemanha, Marc Bogdahn, do secretário estadual de Justiça, Cidadania, Direitos Humanos, Fabrício Peruchin, do presidente da Comissão Oficial do Bicentenário, Rafael Gessinger e do prefeito Ary Vanazzi. O presidente e vice-presidente do MHVSL, Cássio Tagliari e Guilherme Cunha, Ingrid Marxen, diretora de relações institucionais da entidade, e equipe de funcionários e voluntários, receberam a todos com muita hospitalidade.
As bandeiras do Brasil, da Alemanha, do Rio Grande do Sul, de São Leopoldo e do Museu foram hasteadas ao som da banda do 19º Batalhão de Infantaria Motorizada.
Tagliari destacou a importância dos imigrantes na construção da cidade e lembrou o trabalho realizado pela equipe e parceiros do museu para a recuperação dos danos pós-enchente.
“Foram estes colonos, bravos pioneiros, modestos construtores de escolas, capelas e igrejas, os fundadores de cidades que, com paciência e resignação, ajudaram a transformar extensas zonas do Estado em prósperos centros de produção. Estes nossos antepassados, com persistência e apoio mútuo, abriram matas, estabeleceram oficinas e ergueram as primeiras casas comerciais. Juntamente com todos os outros povos que para cá rumaram, vivenciaram momentos de alegria e dor, demonstraram sua lealdade ao Brasil e uns com os outros, em tempos de guerra e de paz”, disse Tagliari.
“Quis o destino que dessa maneira brutal tivéssemos que ser lembrados que a saga do nosso povo segue sendo escrita. Ao longo dos séculos os que nos precederam enfrentaram adversidades tão ou mais graves como esta enchente. Neste momento, fomos surpreendidos com a nossa capacidade de superação, de amor ao próximo e de senso de comunidade. Sobrevivemos e chegamos aqui para celebrar 200 anos de solidariedade. A reabertura do museu é mais um dos tantos exemplos da nossa força e resiliência, demonstração do quanto pode uma comunidade unida e bem orientada”, completou Tagliari.
A programação de reabertura do museu contou, ainda, com a chegada da cavalgada da imigração executada pelos cavalarianos do CTG Lomba Grande, feira de gastronomia típica e de artesanato, jogos germânicos, banda típica, atrações infantis e uma emocionante apresentação de danças folclóricas germânicas.
À tarde, houve, também, a abertura de uma cápsula do tempo. Aos participantes da celebração, foi solicitada a doação de um quilo de alimento não perecível
O prefeito Ary Vanazzi garantiu que o museu irá se reerguer inspirado na perseverança do povo germânico. "Tínhamos sonhado um 25 de julho como um momento memorável, articulado por mais de dois anos com muito carinho e dedicação”, disse, sinalizando que que episódios como a Covid e a enchente de 2024 não serão empecilhos para a retomada das atividades da cidade.
O presidente da Comissão Especial do Bicentenário, Rafael Gessinger, afirmou que o país tem São Leopoldo como o grande farol da imigração. "Aqui é o berço da Imigração Alemã no Brasil, todos que moram aqui devem assumir essa responsabilidade, a cidade é a irmã mais velha das demais. A memória deve ser sempre preservada", ressaltou.
Visita especial - O Museu também integrou o roteiro de visitas da missão alemã procedente do Estado de Renânia-Palatinado. O grupo veio ao Brasil a convite da Câmara Brasil-Alemanha do Rio Grande do Sul, também em alusão ao Bicentenário, e foi liderado pela ministra da Economia, Transportes, Agricultura e Viticultura, Daniela Schmitt. O objetivo da comitiva, formada por empresários de diversos segmentos, foi ampliar parcerias de negócios.
Sobre o museu - Fundado em 20 de setembro de 1959, o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo é uma entidade privada que tem como objetivo salvar do esquecimento, da perda e da destruição, objetos, livros, cartas, jornais, documentos e outros elementos que se referiam à história da imigração e colonização alemãs na região que formava a então Colônia de São Leopoldo, que atualmente abrange os municípios dos Vales do Sinos e Caí. São mais de 140 mil itens, que são cuidadosamente preservados por voluntários. Sua manutenção é feito por recuros vindos de doações e de projetos culturais.
Parte do acervo que estava no primeiro piso foi afetada pela enchente de 2024. Muitas peças foram salvas, como a Bíblia de 1765.
Fonte: Imprensa MHVSL | Fotos: Elizabeth Renz
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