Tendências econômicas para 2025 são os assuntos do Tá na Mesa
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Nesta quarta-feira (29), a ACIST-SL participou do segundo encontro do Ecossistema de Inovação (Re)Construção - fórum coordenado pela governança do Parque Tecnológico São Leopoldo e integrado por representantes de entidades e de instituições, da iniciativa privada e de órgãos públicos - cujo o propósito é impulsionar a reestruturação de São Leopoldo após a mais grave catástrofe climática da sua história. A tragédia iniciada no dia 03 de maio fez com que 70% da cidade fosse atingida pelas águas, resultando em 180 mil pessoas atingidas e 14 mil desabrigados e cerca de 8 mil CNPJs impactados.
O Ecossistema visa ajudar na reconstrução e também na reconfiguração da cidade e atuar como um ente consultor junto ao Poder Pública, uma vez que há uma série de questionamentos a ser respondida, tais como a futura infraestrutura das áreas atingidas, quais ferramentas de previsão e controle de precipitações serão utilizadas, dentre outros.
A reunião contou com novos integrantes e a pauta foi marcada pela apresentação dos seis grandes projetos que nortearão as ações do Ecossistema. O Projeto 1 irá buscar as opções de financiamento, crédito e investimentos disponíveis; o Projeto 2 será focado nas Soluções Tecnológicas oferecidas por Empresas e Startups; As Soluções Jurídicas estarão sob a responsabilidade do Projeto 3. Projeto em Construção para sobre Saúde Coletiva será o norteador do Projeto 4 enquanto o Projeto 5 atuará com Iniciativas voltadas às MPEs. O Projeto 6 tratará de Soluções para a Educação.
Para a elaboração dos planos de ação dos Projetos, foram criados Grupos de Trabalho a partir da expertise de cada integrante. Quinzenalmente, o Ecossistema irá se reunir, para alinhar as propostas de cada GT.
O presidente da ACIST-SL, Daniel Klafke, apontou que validar estes projetos é muito importante, pois a qualificação e credibilidade dos membros do Ecossistema criam uma nova força, chancelando ideias que visam o bem e o crescimento de toda a cidade. “Somos um conjunto de agentes que pensam no mesmo objetivo”, sintetiza.
Também integraram o grupo da ACIST-SL a diretora de Relações Governamentais, Madeleine Hilbk; Isadora Pavoni, coordenadora do Núcleo de Jovens Empresárias representando Rita Geremia Pavoni, vice-presidente de Serviços; Leandro Hilbk, diretor de Imobiliárias e Marcelo Póvoas, diretor de Expansão.
A ACIST-SL é membro da governança do Parque Tecnológico São Leopoldo, juntamente com a Unisinos, Prefeitura Municipal de São Leopoldo e Associação das Empresas do Polo de Informática e passa a integrar o Grupo Gestor do Ecossistema.
Juliano Maciel, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turístico e Tecnológico, apontou que todas as iniciativas para a retomada da normalidade são bem-vindas. “Estamos com 70% da cidade arrasada. E pensar fora da caixa é essencial para a nossa recuperação”. Ele salientou que um diferencial de São Leopoldo, que são os coletivos - como o Tecnosinos e a Câmara Temática da Indústria - farão a diferença nesta retomada. “Temos um grande potencial tecnológico e de inovação que serão essenciais”, disse.
Higra - Maciel exemplifica com a Higra, empresa que forneceu as seis bombas para drenar a água de volta para o Rio do Sinos, agradecendo ao empresário Alexsandro Geremia, também presente na reunião. “Você é um cidadão exemplar”, enalteceu.
Geremia informou que já foram colocados 10 bilhões de litros de água para dentro do rio (data de hoje) e faz um alerta: os bairros poderão novamente ser atingidos, então é momento de avaliar o futuro, pensando em aumentar as áreas de alagamento.
Ações do Ecossistema
Algumas atividades já estão sendo realizadas por integrantes do Ecossistema. O decano da Escola Politécnica da Unisinos, Sandro Rigo, relatou a iniciativa de limpeza e consertos de equipamentos eletrônicos por parte de professores, alunos e egressos voluntários. Também está realizando voluntariamente inspeções em edificações e de viabilidade urbanística para reassentamento e construção civil para os desabrigados.
A ACIST-SL abriu a sua sede social para receber e destinar doações para pessoas e empresas atingidas pela inundação e formalizou junto à Câmara Temática da Indústria a lista com os pleitos do setor produtivo do município. Dentre eles, Isenção de IPTU por dois anos; reavaliação da base do IPTU dos imóveis atingidos pela enchente; isenção do ISS para empresas e autônomos até janeiro de 2025; isenção temporária de Taxas de Alvará; isenção temporária de taxas de água; prorrogação do prazo de permanência da Força Nacional, a fim de garantir segurança para que as empresas retomem suas atividades; celeridade na recomposição de infraestrutura; dentre outras.
O Sebrae RS, conforme Marcos Copetti, gerente da Regional Vale do Sinos, Caí e Paranhana, remanejou seu orçamento para destinar mais de R$ 45 milhões a fundo perdido para ajudar as micro e pequenas empresas dos municípios atingidos pelas enchentes. O objetivo é auxiliar os negócios no mapeamento das necessidades para a recuperação do espaço físico, de materiais e de insumos por meio da consultoria Sebraetec Supera. A entidade também oferecerá auxílio financeiro aos empreendedores atendidos. “Estamos fazendo uma grande força-tarefa para suprir São Leopoldo”.
As empresas beneficiadas passarão por uma avaliação e consultoria do time do Sebrae-RS. Após o diagnóstico, receberão um reembolso para arcar com reparos, manutenção ou reposição de equipamentos e mobiliário afetados pelos alagamentos. Os valores vão de até R$ 3.000,00 (MEI), apoio de até R$ 10.000,00 (ME) e R$ 15.000,00 (Empresa de Pequeno Porte).
Para obter os recursos, o empreendedor precisa acessar a plataforma https://sebrae.rs/sebraetecsupera
A Sicredi Pioneira está oferecendo linhas de crédito para apoiar no restabelecimento de da sua área de atuação. Em São Leopoldo, são cinco unidades, sendo que uma delas foi atingida pela enchente. Leonardo Vanoni Borges, gerente de Controladoria, Infraestrutura e TI, e Marcelo Zanotieli, gerente da agência Rio Branco Sicredi Pioneira, a cooperativa está atuando com uma linha de crédito emergencial para as pessoas que foram diretamente afetadas pela catástrofe climática. Também estruturou uma linha de crédito solidária, voltada para associados do Agronegócio e Pessoa Jurídica diretamente impactados pelos recentes acontecimentos, com prazo de até 84 meses e carência de até 18 meses. Também está dispondo de condições diferenciadas em capital de giro e microcrédito, bem como o repasse de recursos do Pronampe, crédito subsidiado pelo governo federal.
Segundo Bitencourt, em meio ao enfrentamento das mudanças climáticas e diante do atual cenário que aflige o estado do Rio Grande do Sul e, em particular, o município de São Leopoldo, têm surgido numerosas discussões sobre a necessidade de uma (re)construção contínua. Isto será possível com a adoção de estratégias adaptativas, proativas e reativas para lidar com ameaças, riscos, eventos adversos e desafios disruptivos. “Existe o entendimento de que a prevenção de futuras crises depende de uma estratégia alinhada e responsável, que busque a otimização de recursos e a mobilização de pessoas em torno de nosso objetivo comum, por meio de um modelo de governança e gestão”, pontua.
Fonte: Imprensa ACIST-SL | Beth Renz Imprensa & Relacionamento | Foto: Elizabeth Renz
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